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[Arco Filler] O Lendário

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Katsu

Ryoshin

Sáb Jul 20, 2024 9:04 pm


Cap 0 - A Espreita

A cidade de Noland, sob a capa da noite, era uma tela de contrastes escuros e misteriosos, uma pintura esfumaçada e de pouca vida. O céu estava coberto por uma espessa camada de nuvens carregadas, obscurecendo a luz da lua e transformando o ambiente urbano em um labirinto de sombras e penumbra. O frio penetrante parecia se manifestar de forma quase tangível com o vento cortante assoviando pelas ruas desertas e úmidas.

Em uma rua afastada do centro da cidade, onde a iluminação era escassa e falhosa, um homem cambaleante saía de um bar de aspecto decadente. O bar tinha uma fachada desgastada e a luz que vazava pelas janelas sujas parecia um reflexo das vidas que se perdiam ali dentro, o homem vestido com um casaco marrom desgastado e um chapéu que já tinha visto dias melhores, caminhava com dificuldade, sua postura vacilante denunciava o efeito do álcool.

A rua deserta estava coberta por uma camada de sujeira e lama, com os paralelepípedos escorregadios refletindo a pouca luz das lâmpadas a gás que piscavam de forma irregular. Para alguns, aquela cidade estava em no auge de sua revolução industrial, para outros era o inicio de uma era sombria de desempregos. O som dos passos do homem era abafado pelo peso da umidade e pela neblina que parecia envolver cada esquina, as sombras das luzes dos postes se estendiam e se contorciam como espectros, o suficiente para aterrorizar criancinhas, mas não surtiam muito efeito no bêbado, o vento ainda fazia as lâmpadas balançarem suavemente, criando um efeito de iluminação ainda mais sinistro.

O homem parou abruptamente, como se uma sensação de desconforto o houvesse acometido. Seu olhar vacilava entre as sombras, e ele tentava discernir qualquer movimento nas profundezas escuras da rua. O silêncio ao seu redor era absoluto, quebrado apenas pelo ocasional som de um esgoto entupido ou o voar das folhas secas.

Antes que pudesse reagir, um som furtivo e quase inaudível fez com que o pânico se instaurasse em seu coração. Ele se virou para procurar a fonte do som, mas o que viu foi uma forma indistinta, uma presença que se movia na escuridão com uma agilidade sobrenatural. Em um instante, a sensação de terror tomou conta dele, e ele caiu de joelhos, seu grito era abafado pelo impacto imediato do ataque que o lançou ao chão.

O ataque foi rápido e brutal, o som da luta se dissolveu em um murmúrio de desespero e dor, até finalmente, tão rápido quanto começou. o silêncio voltou a dominar a rua, enquanto a presença misteriosa se dissipava nas sombras, deixando apenas a sensação inquietante de que algo incompreensível havia ocorrido naquela viela e um corpo sem vida.

449p
Emme




Katsu


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Katsu

Ryoshin

Sáb Jul 20, 2024 10:06 pm


Cap 1 - A Ligação

O escritório de Inoke Katsuyoshi era um antro de desordem em uma cidade onde a ordem era rara. Localizado em um edifício antigo, o escritório era uma representação física da mente do detetive, um espaço coberto por uma camada de poeira, livros empilhados em desordem e papéis amarelados que se espalhavam por todos os cantos. O chão de madeira rangia sob seus passos, e o ambiente era aquecido apenas pela luz tremeluzente de um lampião a óleo.

Inoke estava sentado em sua mesa, mergulhado em um mar de papéis e documentos, a luz lançava um brilho amarelado e irregular, projetando sombras dançantes nas paredes revestidas de madeira escura. A mesa estava cheia de relatórios, anotações e arquivos antigos, criando um cenário de caos metódico que refletia o próprio estado mental de Inoke.

- Aaaaaahhh eu tô perdido aqui! Preciso de um secretário! - Falava se lançado contra a pilha de papeis.

O telefone antigo, com seu sino de metal e disco giratório despertava Inoke de seus devaneios.. O som estridente do telefone interrompia o silêncio quase sepulcral do escritório, e imediatamente a postura do rapaz mudava. Inoke se levantava rapidamente e atendia com um gesto resignado, apesar da expressão cansada e o olhar desgastado pela falta de sono e pelos desafios constantes de seu trabalho, era algo que realmente lhe trazia entusiasmo, mesmo que a maior parte de seus casos não tivessem sido desvendados, cada mistério era uma oportunidade nova para atingir o sucesso.

A voz do outro lado da linha era grave e carregava um tom de urgência que imediatamente capturou a atenção do rapaz. “Detetive Katsuyoshi, tenho dois casos de assassinato com o mesmo modus operandi. Os corpos foram encontrados em condições alarmantes, será que você pode investigar?” Aquele timbre lhe era familiar, o que o fazia relaxar um pouco, um velho amigo que ainda botava alguma fé na expertise de Inoke.

O problema, era que várias vezes o mesmo modus operandi significava uma facada nas costas, ou algo do tipo, quase nunca estavam relacionados. Era uma grande dificuldade conseguir solucionar crimes dessa forma. - Já investigaram as famílias? Sabe que é sempre alguém da família. - Respondeu fazendo pouco caso daquele pedido. "Eu acho melhor você ir no necrotério falar com o doutor." Comentou o homem antes de desligar a ligação.

Inoke deu de ombros e outra vez voltou seus olhos para o amontoado de papéis bagunçados em cima de sua mesa. - Se ele não fosse da policia, chamaria para ser minha secretária. -

412p
Emme




Katsu


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Katsu

Ryoshin

Dom Jul 21, 2024 10:54 am


Cap 2 - O Necrotério

O necrotério, localizado em um edifício separado dos centros de atividade da cidade, era um lugar de frieza e precisão. As paredes internas eram revestidas de mármore pálido, e o ambiente era impregnado de uma sensação de esterilidade que contrastava fortemente com a desordem do escritório de Inoke. O som dos passos de Inoke ecoavam pelos corredores, cada som amplificado pela ausência de qualquer outro barulho. Passo a passo caminhava, não era a primeira vez que tinha estado ali, então sabia exatamente qual direção ir.

O Dr. Alfred Turner, era o patologista  que apresentava um ar de austeridade e um olhar penetrante, ele esperava pacientemente por Inoke na sala de autópsia, e já notava a presença do rapaz chegando de acordo com os passos que ficavam mais nitidos. A sala estava equipada com mesas de um aço opaco e a iluminação fria fazia força para refletir nas superfícies metálicas, realçando a ausência de órgãos nos corpos dissecados, ambos lado a lado.

Ao ver o detetive entrar, o doutor não perdeu tempo em se pronunciar - O que temos aqui é algo completamente fora do comum, Detetive Katsuyoshi- Começou o Dr. Turner com um tom grave. - Todos os corpos foram encontrados de bruços. No entanto, o mais perturbador é que, apesar dos cortes visíveis ao longo dos corpos, eles não eram profundos o suficiente para atravessar o tecido gorduroso, mas os órgãos foram completamente removidos. Isso sugere um enigma bastante intrigante, não acha?.- Falava o homem com um dialeto rebuscado, digno de alguém que havia estudado em ótimas escolas até chegar a aquele cargo. Um oposto contraste a Inoke, que tinha roupas esfarrapadas e um sorriso desleixado no rosto.

Olhava espantado para os cadáveres debruçados, as marcas em suas costas revelavam os cortes, que não pareciam de origem de lâminas, e de não eram profundos o suficiente, até por que, os cortes eram nas costas.

- Por que alguém cortaria as costas deles pra remover os orgãos... Faria sentido se fossem cortes na barriga, que esquisito. - , Comentava o detetive, enquanto levava sua mão até o queixo e coçava. A incógnita havia sido lançada, dois corpos com o mesmo modus operandi e de forma extremamente não convencional, como ele havia feito isso? O detetive se questionava.

A frustração e a confusão de Inoke aumentavam à medida que ele tentava compreender o significado por trás dessas descobertas perturbadoras, junto do doutor especulavam se havia alguma forma de aquilo ter sido feito. O assassino precisaria de muito tempo para remover os orgãos sabe se lá como, e faria uma grande sujeira... Esses corpos estavam completamente limpos.

430p
Emme




Katsu


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Katsu

Ryoshin

Dom Jul 21, 2024 11:08 am


Cap 3 - A Pesquisa

De volta ao seu escritório, Inoke mergulhava em uma pesquisa frenética, cercado por uma maré de documentos e livros antigos. O escritório estava repleto de uma sensação de caos controlado, com pilhas de papéis, livros empilhados e arquivos desordenados espalhados por toda a mesa. O frio do inverno parecia se infiltrar no ambiente, tornando a atmosfera ainda mais opressiva, enquanto o detetive acreditava fielmente que para desvendar o caso precisava de alguma forma entender como o assassino tinha feito isso.

- Os corpos foram encontrados no local do crime, mas eles podem não ter sido mortos ali.. Certo? - Falava sozinho, enquanto lia algumas páginas de um livro de medicina, algo que entendi muito pouco, mas era sempre útil de pesquisar.

Inoke continuou a vasculhar obsessivamente textos sobre práticas de autópsia, rituais antigos e crenças esotéricas. Cada livro parecia abrir uma nova dimensão de complexidade, revelando detalhes sobre rituais antigos e práticas de sacrifício que envolviam a remoção de órgãos. A sensação de estar cercado por uma infinidade de informações misturava-se com a frustração de não encontrar uma conexão clara.

- Merda... Nenhum desses parece responder a minha pergunta! - Acreditava fielmente que pudesse ser algum tipo de ritual satânico, mas ainda assim, a grande questão continuava.. Como? Como o assassino removeu os órgãos das vitimas sem deixar um grande corte exposto.

Inoke se deitava em meio a pilha de livros abertos no chão, que lhe serviam como um colchonete duro e suspirava. - Os cortes não foram o suficiente para matar eles... Então a causa da morte foi pela remoção dos orgãos... Os homens não foram presos já que não exibiam marcas nos pulsos ou tornozelos... Como? - Continuava em sua intrigante dúvida.

Precisava mudar o foco, sair dos livros de medicina e ciência, buscar a resposta em outro lugar, além é claro de procurar fazer algumas entrevistas para ver se descobria alguma coisa. Portanto, o detetive se levantou e afagou as roupas com a mão afim de remover a poeira. Caminhou novamente para perto da estante de livros e foi passando o dedo uma a uma, em busca de algo que pudesse lhe dar alguma direção a seguir, tirá-lo daquele trágico espectro de dúvida e lançar ao menos alguma fagulha de resposta.

Era hora de sair dos fatos e entrar na ficção.. .Talvez o assassino tenha se inspirado em alguma coisa para realizar os crimes. Ele pensava enquanto sua sombra dançava na prateleira e ao observar a direção que o cintilar da luz brilhava, viu um livro que o chamou atenção. Lendas e Mistérios.

422p
Emme




Katsu


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Katsu

Ryoshin

Dom Jul 21, 2024 2:18 pm


Cap 4 - A Lenda

Entre as folheadas naquele livro, Inoke encontrou uma referência à lenda do chupacu, isso o chamou atenção para outro livro, um que detalhava essa lenda e estava encadernado em couro desgastado, com a capa coberta de poeira e marcas de tempo. As páginas amareladas e frágeis estavam adornadas com ilustrações arcaicas de criaturas míticas e descrições de rituais antigos.

A lenda do chupacu, conforme descrito no texto, era uma narrativa envolta em mistério e superstição, um conto ficticio. O chupacu era descrito como uma criatura esquelética e esguia, com olhos brilhantes e uma aura de poder sobrenatural. O livro detalhava que o chupacu era conhecido por extrair os orgãos de suas vitimas sugando eles pelo reto. Era uma forte teoria para explicar como os assassinatos haviam ocorrido, mas como diabos isso poderia acontecer?

O livro estava repleto de ilustrações detalhadas e descrições vívidas, que, embora fascinantes, pareciam quase fantásticas demais para serem verdadeiras.

- Eu devo estar ficando louco... - Pensou alto o jovem detetive, enquanto se ajeitava próximo da mesa deixando o livro aberto.

Inoke lutava para reconciliar a realidade dos assassinatos com a fantasia apresentada na lenda. O relato parecia uma mistura de mito e realidade, e a ideia de que uma criatura mítica pudesse ser a responsável pelos crimes era difícil de aceitar, quase impossível. O detetive se encontrava em um estado de incerteza, dividido entre a necessidade de encontrar uma explicação racional e a crescente convicção de que algo sobrenatural poderia estar envolvido.

Enquanto lia e relia as páginas do livro, Inoke sentia o peso da dúvida e da perplexidade, a conexão entre a lenda e os assassinatos parecia cada vez mais evidente, mas a ideia de que o chupacu era real parecia absurda. O detetive passava horas refletindo sobre as informações, tentando encontrar uma maneira de justificar a existência da criatura mítica sem abandonar completamente a lógica.

Era um trabalho árduo, uma decisão que dificultaria em muito a investigação, afinal, como poderia dizer as autoridades que sua suspeita era sobre uma criatura sobrenatural? Uma lenda. Não, isso não seria possível. De alguma forma o assassino estava imitando o chupacu, ter retirado os orgãos pelo orificio era a melhor explicação até agora, mas como o assassino poderia ter feito isso tão rápido?

Inoke se lançou ao chão novamente, outra vez deitado de costas nos livros espalhados, enquanto seus olhos focavam o teto amadeirado de seu escritório. As linhas que dividiam as madeiras uma a uma, eram quase como um lembrete da necessidade da lógica para conseguir resolver qualquer mistério.

420p
Emme




Katsu


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Katsu

Ryoshin

Dom Jul 21, 2024 2:29 pm


Cap 5 - Os Suspeitos

Determinando que a teoria do chupacu não passava de uma grande loucura e devia ser descartada, Inoke decidiu investigar os suspeitos potenciais que poderiam ter alguma ligação com os assassinatos, alguma forma de provar que um ser humano estava envolvido com isso. Ele visitou uma série de locais e conversou com pessoas que poderiam ter informações úteis, mas cada conversa parecia apenas aprofundar o mistério.

Primeiro, Inoke dirigiu-se à casa de um lenhador local, um homem corpulento chamado Harold Finch, um homem que possuía um passado de desventuras com a segunda vitima. A casa de Finch estava situada em uma área isolada, cercada por árvores altas e uma sensação de tranquilidade enganadora. A casa era modesta, com uma chaminé fumegante e um jardim mal cuidado. O lenhador recebeu Inoke com uma expressão de cansaço e curiosidade, e a conversa começou de forma cordial.

Inoke fez perguntas sobre o dia a dia de Finch e suas atividades recentes, o lenhador parecia ter um álibi sólido, explicando que estava ocupado com o trabalho na floresta durante os períodos em que os assassinatos ocorreram. Finch forneceu documentação de seu trabalho e uma lista de testemunhas que confirmavam sua presença na área. A conversa foi interrompida por um crepitar de fogo na lareira, e o cheiro de madeira queimada misturava-se com a frieza do ar exterior.

A próxima visita foi a um jovem aprendiz de lenhador, William Dawes, este que havia sido dispensado pela primeira vitima. A casa de Dawes era pequena e mal iluminada, e o jovem parecia nervoso e hesitante. Dawes havia sido visto na floresta em várias ocasiões, mas suas declarações eram vagas e imprecisas, no entanto, ele forneceu um álibi parcial, com alguns amigos que confirmavam sua presença em uma taverna local durante um dos assassinatos.

Cada suspeito parecia ter um álibi convincente, e a investigação revelava uma rede complexa de atividades e contatos, a frustração de Inoke aumentava à medida que ele tentava conectar as peças do quebra-cabeça, juntando as imagens de cada um dos entrevistados para tentar encontrar alguma forma de explicar tudo isso. Talvez Dawes e Finch tivessem feito um acorda e um finalizado a desventura do outro, já que para as mortes opostas eles não tinham álibis consistentes, mas isso absolutamente não explicava como haviam feito para remover os orgãos.

A teoria do chupacu parecia se tornar uma hipótese mais atraente, mesmo que insana, uma vez que a realidade dos suspeitos não fornecia respostas claras, e tudo se tornava apenas especulação.

418p
Emme




Katsu


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Katsu

Ryoshin

Dom Jul 21, 2024 2:50 pm


Cap 6 - Nova Vítima

Enquanto Inoke lutava para montar o quebra-cabeça dos assassinatos, uma nova vítima surgiu, aumentando o pânico e a urgência da situação. O novo corpo foi encontrado em uma área semelhante aos locais anteriores, e os detalhes do crime eram alarmantemente familiares. O pior de tudo era que essa vitima, era ninguém mais que Harold Finch, isso era praticamente um choque, mas também surgia a possibilidade da teoria estar certa. Afinal, se Dawes estivesse trabalhando com Finch, faria sentido que o primeiro silenciasse o segundo.

Mas antes, Inoke aproveitou de algo que não teve nos dois primeiros assassinatos, a cena do crime. Era noite quando ele recebera a ligação informando da morte e pediu para que ninguém tocasse no corpo, para que pudesse examiná-lo.

A nova cena do crime estava situada em um beco estreito e sombrio, entre dois edifícios antigos e desgastados, o corpo estava posicionado de forma similar às vítimas anteriores, com cortes aleatórios pelas costas e órgãos removidos. A atmosfera ao redor era opressiva e carregada, com o frio penetrante e o vento congelante que soprava através dos becos estreitos.

O detetive se abaixou e se aproximou mais, enquanto alguns policiais apenas observavam. Uma coisa que ninguém havia contado sobre os outros corpos, as calças deste homem morto estavam arriadas. Inoke se abaixou um pouco mais, de modo que pudesse ficar mais próximo do reto do defunto, precisava encontrar algum vestígio ali, algo que indicasse que foram removidos por aquele lugar. "O que estou fazendo!?" Se questionava enquanto inseria seu dedo enluvado no reto do morto... Estava úmido e quente demais se comparado à todo aquele clima frio.

Os policiais que estavam ali olhavam estranhosos para o detetive, que logo se levantava, ciente de que sua atitude seria estranha para qualquer um. - Podem levar o corpo. - Falou, enquanto desviava o olhar. Não queria acreditar que de fato existia a possibilidade dessa lenda ser real, mas o que mais podia fazer? As provas estavam se formando com ele. Precisava tomar uma atitude e não podia demorar muito, ou logo teria outro cadáver na cidade.

Inoke continuou ali por mais um tempo, pensando enquanto a equipe se movimentava para recolher o corpo e levá-lo. O frio que o atingia fazendo-o encolher os ombros e levantar a blusa, apenas deixava o cenário mais misterioso. Em sua cabeça duas principais possibilidades passavam por sua mente. A primeira era que Finch seria o assassino e havia silenciado sua dupla, mas a segunda... Era que Finch seria a próxima vitima.

420p
Emme




Katsu


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Katsu

Ryoshin

Dom Jul 21, 2024 6:12 pm


Cap 7 - Triangulação

Chegando em seu escritório, após ter ido a cena do crime da nova vítima, Inoke decidiu entrar em contato com seu colega na policia para informá-lo sobre suas suspeitas. Mesmo que Finch não fosse o culpado, uma prisão preventiva poderia salvar sua vida. - Moshi Moshi! Ren? Tenho noticias. - Dizia com um semblante animado, a noticia não era necessariamente boa ou ruim, afinal não podia simplesmente dizer que suspeitava de uma lenda ter causado os crimes. - Precisa pedir uma prisão preventiva para o Finch, creio que ele estava trabalhando em conjunto com a última vitima e apenas o silenciou. - Inoke tinha um forte código de nunca mentir, mas isso não o impedia de ocultar algumas informações. Imagina, dizer para um chefe de policia que sua suspeita era o chupacu, certamente faria Inoke se tornar a escória da sociedade. Jamais poderia fazer isso, ao menos não sem provas.

Após uma breve conversa com Ren, o detetive seguiu sua atenção para um dos quadros dispostos em seu escritório. A ideia agora era criar um mapa detalhado das cenas dos crimes para analisar qualquer possível padrão, usando um grande mapa da cidade, o detetive marcou cuidadosamente os locais dos assassinatos com alfinetes e anotações.

Ao examinar o mapa, Inoke percebeu uma conexão clara, todos os assassinatos ocorreram nas proximidades de uma floresta densa, que parecia ser um ponto central em todos os casos. As áreas ao redor da floresta eram predominantemente habitadas por lenhadores, e Inoke começou a investigar a relação entre os homens e a área.

Ele já sabia que todos os homens assassinados eram lenhadores que trabalhavam nas proximidades da floresta. O fato de que todos eram lenhadores e tinham alguma relação com a área verde parecia significativo. Inoke também descobriu que a floresta era cercada por várias propriedades e pequenas aldeias, mas as mortes ocorreram em locais específicos que pareciam indicar uma intenção deliberada.

Com essas informações, Inoke começou a explorar a ideia de que a floresta e seus arredores poderiam ter um papel crucial nos assassinatos. O padrão emergente sugeria que a floresta poderia ser mais do que um simples local de crime, podia ser o local de abrigo da criatura lendária, talvez tivessem feito algo para despertar a criatura e por isso agora ela estava a solta pela cidade.

Novamente suas conclusões chegavam até a existência do chupacu, mas ainda não tinha evidências suficientes, ainda mais importante que isso, precisava provar para si mesmo que não estava louco em acreditar em uma teoria tão insana como esta.

419p
Emme




Katsu


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Katsu

Ryoshin

Dom Jul 21, 2024 6:43 pm


Cap 8 - A Floresta

Com a teoria do chupacu em mente, Inoke decidiu investigar a floresta pessoalmente, era sua única alternativa para concluir que aquilo de fato estava acontecendo. Armado com uma lanterna a gás e um suspiro de coragem, entrou na floresta à noite, movendo-se com cautela através da densa vegetação. Era necessário ir durante o período noturno, afinal, se os ataques todos aconteceram nesse horario, era muito mais fácil de encontrar a criatura assim, Mas o ambiente estava imerso em uma escuridão profunda, e a única fonte de luz vinha da pobre lanterna, que projetava feixes de luz trêmulos sobre as árvores altas, aumentando ainda a sensação de terror.

" Puta merda... O que eu tô fazendo aqui..." Pensava, enquanto continuava o caminhar perturbador, tentando evitar ao máximo de pisar em galhos secos que pudessem alertar a qualquer animal ou criatura sobre sua presença.

O silêncio na floresta era profundo e quase absoluto, interrompido apenas pelo som ocasional do vento que sussurrava através das folhas e pelos passos de Inoke, que mesmo cautelosos, ainda faziam um leve som esmagando a vegetação que pareciam ecoar de forma inquietante, fazendo-o querer regredir em sua busca maluca.

A vegetação ao redor estava úmida e coberta de orvalho, e o cheiro de terra úmida e vegetação decaída preenchia o ar. À medida que avançava pela floresta, Inoke sentia uma crescente sensação de desconforto e medo. A mata parecia se fechar ao seu redor, e as sombras projetadas pelas árvores formavam padrões que pareciam se mover e mudar com a luz da lanterna, fazendo-o entrar em uma espiral de paranoia, onde acreditava que sempre tinha alguma coisa o observando ou se movendo pelas arvores, era como se o ambiente estivesse carregado de uma sensação de presença invisível, como se os olhos da floresta estivessem observando cada movimento.

" Puta merda! Puta merda"

De repente, Inoke avistou uma forma esguia e indistinta se movendo entre as árvores, muito diferente das outras vezes em que havia visto alguma sombra se movendo, era fato que havia visto alguma coisa. O medo e a adrenalina tomaram conta de imediato, e ele recuou instintivamente dando um passo para trás, seu coração batia cada vez mais acelerado. A visão da criatura era vaga e efêmera, mas conseguia ver claramente uma silhueta humanoide um pouco mais a frente. " Será que ela não notou minha presença? " Pensava, mas não conseguia dizer nada, ou sequer dar algum passo para frente ou para trás, havia congelado por completo com medo do chupacu.

416p
Emme




Katsu


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Ryoshin

Dom Jul 21, 2024 6:57 pm


Cap 9 - A Fuga

A criatura esguia Inoke avistara na floresta finalmente se movia, virando-se para o rapaz de forma lenta, como se apenas nesse momento tivesse o percebido ali. Seu coração disparou, e um frio cortante percorreu sua espinha "Ele vai chupameucu!" Pensou em completo desespero, o suficiente para que o suor parado em sua testa escorresse imediatamente. Os instintos de sobrevivência finalmente tomaram conta, o detetive se virou bruscamente e começou a correr com a lamparina na mão.

As sombras da floresta pareciam se estender para agarrá-lo, enquanto continuava em sua fuga frenética pela vida. A vegetação tornava cada passo um desafio já que por diversas vezes quase tropeçava, o detetive já tinha lido livros o suficiente para saber quão trágico podia ser um tropeço. Isso o fazia correr de forma ainda mais desengonçada, enquanto tentava fugir o mais rápido possível evitando de tropeçar. Galhos baixos arranhavam seu rosto e suas mãos, e as raízes sob seus pés eram uma constante ameaça. A respiração de Inoke estava pesada e irregular, e o ar frio da noite queimava em seus pulmões. Ele podia ouvir o som dos próprios batimentos cardíacos, acelerados e retumbantes como um tambor frenético, exatamente da mesma forma que havia ocorrido quando era jovem e quase afogara no mar.

Desejava olhar para trás, verificar se a criatura ainda estava por ali, mas não tinha coragem para tal, tinha medo do que poderia ver. Continuou aos gritos correndo: - ELE VAI CHUPAMEUCU, ELE VAI CHUPAMEUCU!!!! - A sensação de ser seguido se intensificava cada vez mais e Inoke sentia a presença do chupacu.

A floresta parecia interminável, cada árvore e cada arbusto formavam um labirinto claustrofóbico, a sensação de desorientação era esmagadora, mas o medo mantinha Inoke em movimento constante, correndo como nunca havia corrido em toda sua vida.

Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, Inoke avistou o limite da floresta. A luz da lua pálida se filtrava entre as árvores, indicando a proximidade da saída. Com um último esforço, ele aumentou a velocidade, o coração prestes a explodir de esforço e medo, até que rompeu a linha das árvores e se lançou para a estrada aberta, onde a familiaridade da cidade lhe oferecia um pequeno conforto. Proclamando pelas ruas uma frase que muitos habitantes conseguiriam ouvir claramente. - AAAAAHH ELE VAI CHUPAMEUCUU AAAAAAHH!!!! -

Inoke não parou de correr até chegar ao seu escritório. As ruas desertas e os edifícios escuros passavam como um borrão, e seus passos ecoavam nas calçadas silenciosas, todas as mortes tinham acontecido fora da floresta, não estava seguro ali. Quando finalmente alcançou a porta de seu escritório, suas mãos tremiam tanto que teve dificuldade em encontrar a chave e depois de várias tentativas frustradas, ele finalmente conseguiu destrancar a porta e entrar.


456p
Emme




Katsu


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Katsu

Ryoshin

Dom Jul 21, 2024 8:52 pm


Cap 10 - Contestação

Uma vez dentro de seu escritório, Inoke rapidamente fechou a porta e a trancou, seu corpo era pressionado contra a madeira fria enquanto tentava recuperar o fôlego, vagarosamente sua mente voltava a um estado mais sensato. A sala estava envolta em uma penumbra calma que ajudava com a tormenta de emoções dentro do detetive. Caminhou rapidamente pelo escritório, trancando todas as janelas e verificando as fechaduras repetidamente, como se a criatura pudesse, de alguma forma, segui-lo até ali.

Com todas as entradas seladas, Inoke finalmente permitiu que seu corpo colapsasse em uma cadeira, a sensação de segurança era frágil, e seu coração ainda martelava no peito. A escuridão do escritório parecia muito menos ameaçadora comparada à da floresta, mas as imagens do que havia visto continuavam a persegui-lo. Ele sabia que estava em um ponto crucial de sua investigação, onde o medo e a verdade se entrelaçavam de maneiras impossíveis de ignorar.

- Ah ah... É real.. Puta merda.. É real! Bakaka! - Falava em um misto de empolgação e desespero. No fim das contas Finch realmente não era o culpado, mas sim o chupacu.

Enquanto se sentava ali, ofegante e exausto, pensava na presença do chupacu na floresta, era uma realidade que ele não podia mais negar, e o mistério dos assassinatos estava desvendado, mas como faria para acreditarem nele? Começava assim outro grande problema, conseguir convencer alguém de que o chupacu era real.

Se levantou e olhou pela janela, procurando na rua algum sinal da criatura. Agora que estava mais calmo conseguia pensar racionalmente e perceber que, em momento algum, o chupacu tinha corrido atrás dele. Era uma criatura muito maior, claramente mais rápida, um predador feroz e implacável, por que então não tinha corrido atrás do detetive? A questão rebatia em sua mente.

Agora o mais importante, era pensar em uma forma de conseguir convencer ao menos Ren, de que o chupacu era real.

Precisava ser naquela noite, mas teria coragem para voltar até aquele local?

- Ren. -

" Você sabe que horas são agora!? " Falava a voz do outro lado, para logo em seguida finalizar a ligação.

Inoke, parou por um segundo, seus olhos buscaram o relógio posicionado logo acima da porta. Eram cerca de 3 horas da madrugada. O assunto era importante, acreditava que precisava agir rápido, mas até conseguir encontrar Ren na entrada da floresta, o sol já estaria prestes a nascer.

Não havia mais o que fazer, além de tomar um demorado banho e dormir, tentando não ter pesadelos com a criatura chamada chupacu.

414p
Emme




Katsu


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Katsu

Ryoshin

Seg Jul 22, 2024 8:34 pm


Cap 11 - Delegacia

O sol da manhã, ainda pálido e tímido, infiltrava-se pelas cortinas do escritório de Inoke aquecendo o ambiente com uma luz suave. O detetive estava sentado em sua mesa, com os mesmos papéis e anotações espalhados ao seu redor. A noite anterior havia sido um turbilhão de emoções e revelações, e ele sabia que precisava compartilhar suas descobertas com Ren.

Rapidamente se dirigiu à delegacia onde Ren trabalhava, o assunto era sério demais para falar pelo telefone, se pessoalmente já poderia ser taxado de louco, imagine por uma ligação. O céu agora limpo e o ar fresco refletiam a mudança de sua perspectiva, quase como se sua mente estivesse completamente clara agora, e decidido sobre o que havia visto.

O edifício da delegacia era sólido e imponente, uma construção de tijolos escuros com janelas altas que pareciam vigiar as ruas movimentadas abaixo. Inoke entrou, passando pela recepção e dirigindo-se diretamente ao escritório de Ren, já era uma figura conhecida, então apenas um acena para o recepcionista era o suficiente para que passasse.

- Ren! - Inoke chamou ao encontrar o colega. - Precisamos conversar sobre o caso. Eu tenho novas informações! - Sua voz era determinada, um pouco mais alta que o normal pela euforia.

Ren ergueu a cabeça de seus papéis, sua expressão uma mistura de cansaço e curiosidade, ainda era cedo, talvez tivera demorado a dormir depois da ligação na madrugada anterior. O policial estava em seu traje impecável, com o distintivo reluzente preso no bolso do sobretudo. A tensão nas linhas de seu rosto era visível, mas ele fez um gesto para que Inoke se sentasse.

- O que você descobriu? - perguntou Ren, com uma pitada de ceticismo na voz.

Inoke ameaçou começar a explicar bem do inicio, desde os corpos no cemitério até a suspeita da lenda, mas antes de chegar na segunda parte, Ren já o interrompia solicitando que fosse direto ao ponto. Portanto, resolveu resumir apenas a última noite. Detalhou sua experiência na floresta, descrevendo a visão da criatura, e obvio, excluindo a parte em que corria gritando por sua vida, ou melhor... Por seu orifício anal.

Ren ouviu atentamente, sua expressão mudava de descrença apenas era reforçada com as palavras do detetive.

- Então, você está dizendo que viu uma criatura mitológica? - Ren perguntou, com um claro tom de deboche.. - Isso mais parece um conto de fadas do que uma investigação real. Andou bebendo? -

Em um passado distante, Inoke havia tido problemas com álcool, e ainda era um assunto um tanto quanto sensível para ele. Portanto, a menção disso apenas o irritava, fazendo-o se levantar da cadeira e apertar o punho.

- Eu sei muito bem o que eu vi!


443p
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Ryoshin

Seg Jul 22, 2024 9:07 pm


Cap 12 - A Busca

A conversa tinha sido longa, com Inoke precisando praticamente implorar para que Ren concordasse, até finalmente conseguir isso. No fim da tarde, Inoke e Ren partiram em direção à floresta. A atmosfera estava carregada com uma sensação de expectativa, e a luz do sol começava a se inclinar para o crepúsculo, criando sombras alongadas entre as árvores. Inoke não podia negar o medo em suas pernas que tremiam a cada passo, ele tinha triangulado a posição da criatura e realmente encontrado o lugar correto de busca, não seria difícil encontrá-la outra vez.

Ren, por outro lado com seu olhar cético, examinava o ambiente com uma mistura de desdém e curiosidade. O chão da floresta estava coberto de folhas secas e galhos quebrados, e o som de passos abafados ressoava enquanto eles avançavam. Inoke liderava o caminho, com a lanterna em sua mão, sentia ao menos um pouco de alivio ao ver que Ren segurava o revolver. Mesmo que soubesse que aquela atitude era muito mais para privá-los de serem atacados por ursos, do que por risco de encontrar o chupacu. Assim, o detetive mantinha seus olhos fixos na trilha.

- Olha Inoke, se não encontrarmos nada aqui, você realmente terá que se afastar desse caso. - Ren comentou enquanto avançavam.

- Xiii... Fala mais baixo, não podemos deixar o chupacu escapar. - respondeu o detetive pedindo por silêncio, estava focado em encontrar novamente a criatura lendária..

A procura foi minuciosa e metódica, ainda mais certo do que da ultima vez, Inoke caminhava prestando atenção em tudo, exploraram cada canto da floresta, examinando os arbustos e as árvores com uma atenção que pouco a pouco parecia mais desesperada. O fim da tarde estava se aproximando, e as sombras se tornavam mais densas e misteriosas de acordo que progrediam.

Apesar dos esforços, a floresta parecia tão silenciosa e imperturbável como sempre, nenhum sinal da criatura.. A frustração de Ren estava evidente, e ele começova a mostrar sinais de impaciência.

- Isso é ridículo. Não encontramos nada, você só pode estar ficando louco - Ren disse, sua voz era carregada de desdém. - Ou melhor! EU estou ficando louco de te acompanhar nessa maluquice! .

Inoke sentia um nó no estômago, a ideia de desistir estava longe de ser aceitável para ele, sua reputação, mesmo que pequena estava em avaliação nesse momento, sabia que Ren já não era a pessoa mais paciente do mundo, e já haviam andado por muito tempo sem encontrar a criatura. Inoke apenas ficou em silêncio, tentando encontrar uma maneira de justificar mais uma tentativa de busca, mas não conseguia pensar em nada.


443p
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Ryoshin

Seg Jul 22, 2024 9:49 pm


Cap 13 - O Confronto

Quando Ren estava prestes a desistir e voltar para a cidade, algo inesperado aconteceu, no meio da mata uma sombra imponente surgiu, movendo-se lentamente entre as árvores, era o chupacu, sua presença majestosa e ameaçadora imediatamente deixava o clima mais pesado. Era impossível que aquilo fosse um urso, era esguio demais para isso.

Ren, com seus reflexos aguçados de policial, não perdeu tempo, sem pensar duas vezes ele mirou seu revolver e disparou contra a criatura, antes mesmo que Inoke pudesse dizer alguma coisa. O som dos tiros reverberou pela floresta, e o chupacu reagiu com uma velocidade surpreendente, mostrando que de fato, anteriormente não tinha corrido atrás de Inoke, caso contrario teria facilmente o alcançado. A criatura se lançou na direção de Ren, pulando com uma força brutal que derrubou o policial no chão.

A batalha que se seguiu foi violenta e caótica, o chupacu, apesar de mais outros disparos o atingindo um após o outro, permanecia implacável. Ele tentava virar Ren para deixá-lo de costas, buscando cumprir o que parecia ser um instinto primordial. Suas garras não eram profundas o suficiente, apesar de causarem alguns cortes no policial, não eram letais, a única arma letal da criatura era sua boca alongada feito um trompete.

Ren lutava desesperadamente, evitando ao máximo ser virado, enquanto disparava mais vezes, até sua munição finalmente acabar. Seria esse o fim do policial, logo perderia suas forças e o chupacu faria aquilo que sua natureza ordenava. Inoke, vendo a cena horrenda, sentiu um desespero crescente, precisava fazer algo, ajudar seu colega. Sem saber exatamente o que fazer, ele procurou ao redor e encontrou um tronco quebrado pelo próprio avanço do chupacu. Correndo com o peso do objeto, ele avançou em direção à criatura e, com uma força desesperada, atravessou a barriga do chupacu com o tronco.

A criatura emitiu um grito agudo e violento, lutando para se libertar enquanto o sangue escorria de seu corpo, estava finalizado.

O silêncio se seguiu após a luta, e Inoke se encontrou parado ao lado da criatura caída, olhando para o corpo inerte com uma mistura de horror e tristeza por ter finalizado uma criatura mítica, Ren estava deitado no chão ainda ofegante e tentando se recuperar, seus braços continham alguns arranhados que sangravam um pouco, mas nada que o colocasse em risco de vida.

Ambos estavam em choque, incapazes de processar completamente o que acabara de acontecer. Logo, o som de grunhidos suaves e agitados começou a preencher a floresta, apagando o silêncio e dando lugar à aquela orquestra perturbadora.


426p
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Seg Jul 22, 2024 10:34 pm


Cap 14 - Veias Negras

Inoke e Ren, com o coração ainda acelerado após o confronto com o chupacu, seguiram os grunhidos até um arbusto denso próximo dali, cujas folhas estavam úmidas com o serenar da noite. A escuridão parecia se afunilar à medida que se aproximavam, e a atmosfera ao redor estava carregada com uma tensão quase palpável. O barulho não era alto suficiente para ser outro chupacu, pensavam ambos.

Com cuidado, Inoke afastou as folhas do arbusto, enquanto Ren apontava a arma já carregada. Atrás da folhagem, três criaturinhas pequenas e pouco bonitas estavam agrupadas, seus olhos grandes e brilhantes refletiam a luz da lamparina de Inoke, e as bocas alongadas não deixava dúvidas, eram filhotes de chupacu, três chupacuzinhos.

As orelhas grandes balançavam ao ouvirem o som dos intrusos, eles estavam se aninhando juntos, aparentemente buscando conforto e segurança entre si. A cena era comovente e revelava um lado mais terno da criatura que eles haviam enfrentado. " Ela estava apenas protegendo os filhotes?" Pensou Inoke que estava prestes a se aproximar para observar melhor.

Quando um grito de dor repentino cortou o silêncio, Ren, que havia se aproximado do arbusto com a intenção de finalizar os chupacuzinhos, foi lançado para trás, com sua expressão contorcida em agonia.

- Ren! - Inoke gritou, correndo para o lado do policial, que estava deitado no chão. Sua pele começava a adquirir uma coloração azulada e escura, como se as veias sob sua pele estivessem se tornando visíveis e inchadas. além de terem uma coloração escura. O rosto de Ren estava pálido e seu corpo tremia com a dor.

- O que está acontecendo? - Inoke perguntou, tentando manter a calma enquanto avaliava a condição de Ren. Não demorou muito para que o detetive percebesse a coloração escura das pequenas feridas que o chupacu havia causado.

- Merda! - Comentou enquanto o policial continuava a gritar.

Ren tentava falar, mas suas palavras saíam entrecortadas e confusas, ele apontava para o arbusto onde os chupacuzinhos ainda estavam, sua mão tremia, mas sua intenção era clara mesmo sem dizer nada. Ele desejava que Inoke finalizasse aquelas pequenas criaturas com a arma.

Inoke olhou para os chupacuzinhos que agora estavam se movendo de forma mais agitada, como se estivessem se preparando para fugir, e novamente voltou sua atenção para Ren, a arma estava caída entre eles. Sem pensar muito, o detetive decidiu sua ação, precisava ajudar o policial. Sendo assim, começou a arrastá-lo em direção à saída da floresta, um trabalho que seria árduo, visto que o policial desmaiava logo em seguida.

Enquanto Inoke carregava Ren para fora da floresta, ele lançou um último olhar para os chupacuzinhos escondidos atrás das folhas.

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Seg Jul 22, 2024 10:52 pm


Cap 15 - Maldição do Homem Chupacu

Na manhã seguinte, o hospital estava silencioso, com apenas o som ocasional de passos e murmúrios baixos dos funcionários passando pelos corredores. Inoke estava sentado na cadeira ao lado da cama de Ren, tinha passado a noite ali, muito mais preocupado com a possibilidade do policial acabar se transformando em um homem chupacu, do que com a saúde de fato.

Ren, pálido e com um semblante cansado, começava a finalmente acordar e ficar parcialmente consciente, tentando processar a dor e a confusão. A condição dele era complexa, mas suas feridas já pareciam muito melhor e as preocupantes veias negras não eram mais visiveis.

Após os médicos finalmente deixarem o quarto para fazer mais exames, Inoke aproveitou o momento para conversar com Ren. Ele se inclinou sobre a cama, seus olhos fixos no amigo.

- Ren, o que você está sentindo?- Inoke perguntou, sua voz carregava de preocupação.

Ren respirou fundo, tentando se acalmar, seu olhar era distante e confuso, mas havia uma clareza que Inoke não tinha visto antes.

- Eu não sei... Só senti muita dor, ainda estou muito confuso. Enquanto eu estava lá, algo dentro de mim... algo está mudando, sinto que há uma necessidade dentro de mim, algo que não consigo entender.-

[color=gold]- Você ficou com febre durante toda a noite.

- Como chegamos ao hospital?

- Bem... Eu te arrastei pela floresta até chegarmos na rua e de lá corri para buscar ajuda.

- E... O que você falou para eles? - Era evidente a preocupação de Ren, mas Inoke sabia que não podia simplesmente revelar que tinham sido atacados por um chupacu, ainda haviam questões para serem resolvidas sobre esse assunto.

- Que fomos atacados por um lobo solitário...Como você se sente? -

- Me sinto bem, acho que logo devem me dar alta... Você que parece um caco, vá descansar um pouco, depois nos falamos.

Um aceno na cabeça era o suficiente para se despedirem, Inoke de fato estava muito cansado, mas algo ainda continuava a martelas em sua cabeça, as peças ainda não estavam todas encaixadas e para um detetive, isso tornava impossível para ele descansar.

Em seu escritório, as paredes estavam ainda cobertas de mapas, anotações e livros antigos que ele havia consultado anteriormente, e agora precisava encontrar algo mais, qualquer coisa sobre a maldição do homem chupacu.

Sentou-se à sua mesa e começou a revirar pilhas de documentos e livros, as velhas páginas, amareladas pelo tempo, estavam repletas de histórias e lendas, mas nada que oferecesse uma explicação concreta sobre uma possível transformação em homem chupacu. A lenda do chupacu não era amplamente conhecida, o que deixava o aspecto da possível maldição e da transformação um território inexplorado.

439p
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Seg Jul 22, 2024 11:24 pm


Cap 16 - Maldição do Homem Chupacu

Mesmo com todos os esforços, as informações concretas eram escassas, o que ele encontrava eram fragmentos de histórias e contos, mas nada que explicasse claramente a transformação que Ren estava passando ou como ele poderia lidar com isso.

Desesperado, Inoke se levantou e começou a caminhar pelo escritório, tentando clarear a mente, ele sabia que apesar de suas descobertas serem limitadas, precisava continuar investigando. e adormeceu durante toda a tarde sob o amontoado de livros..

Já a noite, Inoke recebeu uma ligação de Ren, que o fazia acordar no susto e se levantar, reparando na poça de baba que havia deixado em cima das páginas do último livro que estava lendo. A voz do outro lado era a do policial, que estava cheia de uma urgência calma, ele pediu para se encontrarem novamente na floresta ainda esta noite. Inoke hesitou a principio, tinha um certo receio em encontrar alguém que estava prestes a se tornar um homem chupacu perto de uma floresta, mas a preocupação era mais forte e cedeu..

Chegando ao local, Inoke avistou Ren à distância, em pé entre as árvores, sua postura parecia mais confiante e imponente do que antes, seu corpo ainda estava pálido, mas nenhuma ferida estava aparente. Ren estava vestido com roupas escuras e tinha uma expressão séria..

- Obrigado por vir -

- O que aconteceu?

Ren respirou fundo e começou a explicar.

- Desde a nossa conversa hoje cedo, algo dentro de mim tem se intensificado. Eu sinto uma ligação profunda com a floresta. Não é apenas um desejo de proteger, mas uma sensação de que minha presença é crucial para a preservação dela.

Inoke ouvia atentamente, tentando de alguma forma compreender a profundidade da transformação que Ren estava passando, e claro, finalmente aceitando que o policial havia se tornado um homem chupacu.

- Então você vai se transformar no chupacu? -

- Eu voltei onde estava o corpo do chupacu que nós enfrentamos... No lugar estava um homem caído, eu acredito que as transformações só ocorram durante a noite, por isso os ataques eram apenas nesse horário. -

- Ele sabia quem eram os homens, mas só tinha como atacá-los de noite.... O chupacu é o guardião da floresta... E agora essa função foi passada para você.

Ren assentiu, seus olhos brilhavam com uma determinação resoluta, algo completamente surreal. Inoke olhava para a postura do policial e notava que algo claramente havia mudado nele.

- Sim, exatamente. Sinto que minha função é garantir que a floresta permaneça intacta.  

-  Vamos garantir que a floresta seja protegida e que você possa cumprir essa missão.

O detetive esticou sua mão para cumprimentar o amigo, exibindo um sorriso em seu rosto. Havia de fato desvendado o mistério dos assassinatos e no final, de alguma forma tudo havia dado certo.

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Ter Jul 23, 2024 3:23 pm


Cap 17 - Maldição do Homem Chupacu

A noite caía rapidamente sobre a floresta, lançando sombras longas e sinistras por entre as árvores. Inoke e Ren permaneciam na clareira conversando, o som da natureza ao redor deles criava aos poucos uma sinfonia inquietante. Ren parecia cada vez mais conectado com o ambiente, como se fosse parte integral da própria floresta.

- Inoke, algo está acontecendo - disse Ren, sua voz tremendo levemente. - Eu posso sentir... a transformação.

Inoke observava com uma mistura de fascinação e medo, era de fato algo extremamente curioso. Ren começou a contorcer-se, suas feições mudando gradualmente. "Espero que ele não chupe meu cu" pensava Inoke enquanto assistia os músculos do corpo do policial se tencionando, e sua pele parecia adquirir uma tonalidade mais escura, como se estivesse se fundindo com as sombras da floresta, seus olhos, antes humanos, agora brilhavam com uma intensidade sobrenatural, refletindo um verde profundo e misterioso, tal qual a própria floresta.

A transformação era dolorosa e lenta, cada segundo parecia uma eternidade, além disso chegava a ser um pouco perturbadora a cena, quando Ren começava a arrancar sua própria pele para dar espaço à uma pelagem azulada. Inoke podia ver a luta interna de Ren, o conflito entre sua humanidade e a força da natureza que o estava possuindo. Ele tentou manter a calma, sabendo que precisava continuar ali, ele havia prometido..

- Vou tomar conta dos chupacuzinhos - Ren disse, sua voz agora mais gutural e entrecortada. - Eles precisam de alguém para guiá-los e protegê-los.

Inoke olhou para mais adentro da floresta, logo os filhotes cresceriam e poderiam acabar matando mais pessoas. Os chupacuzinhos, com seus olhos grandes e curiosos, surgiam de dentro da floresta pareciam instintivamente reconhecer Ren como seu novo guardião. Eles se aninhavam ao redor dele.

Ren estendeu a mão, acariciando um dos filhotes com uma ternura que contrastava com sua aparência grotesca transformada. Realmente havíamos cometido um erro em ter caçado o chupacu, que apenas queria proteger os filhotes e a floresta, algo precisava ser feito quanto a isso, afinal, haveriam mais assassinatos e as pessoas não deviam investigar tanto, caso contrario, Ren seria vitima de um outro policial e o ciclo se repetiria.

- Você vai ser um bom guardião, Ren - Inoke disse, tentando demonstrar todo seu apoio..- Eu estarei aqui para te ajudar no que for preciso.

Ren assentiu com a cabeça de chupacu, um lampejo de sua antiga personalidade brilhava em seus olhos antes de ser completamente consumido pela transformação. A floresta agora era sua casa, e os chupacuzinhos, sua responsabilidade. Ele se virou e correu para dentro da mata.


427p

Emme




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Ryoshin

Ter Jul 23, 2024 3:37 pm


Cap 18 - de Lenda para Lenda

Inoke deixou a floresta, seu coração pesado com a responsabilidade de apoiar Ren e os chupacuzinhos, a noite estava fria e silenciosa enquanto ele caminhava de volta para o coração da cidade, as luzes fracas dos postes lançavam sombras trêmulas sobre as ruas desertas.

Ao chegar em seu escritório, Inoke sentou-se à sua mesa e acendeu uma lâmpada, o brilho quente da luz era reconfortante, mas sua mente estava cheia de pensamentos sobre o que havia acontecido. Ele pegou um copo de whisky e tomou um gole, tentando acalmar seus nervos, algo que não fazia a muito tempo, mas agora sentia que precisava disso mais do que nunca.

Finch, o jovem que estava em prisão preventiva, veio à mente de Inoke, agora que ele sabia a verdade sobre o chupacu e sua função como guardião da floresta, ficou claro que Finch era inocente. Os lenhadores mortos não foram vítimas de um crime de assassino em série, mas sim de uma criatura mitológica protegendo seu território.

Inoke sabia que precisava agir rápido para corrigir essa injustiça, Finch havia sido acusado injustamente, e cada momento que passava na prisão era um erro que precisava ser consertado. Ele pegou um caderno e começou a anotar os pontos principais de sua investigação, preparando-se para apresentar outra história para às autoridades.

A manhã começou a romper quando Inoke finalmente terminou sua preparação, ele olhou para o relógio e percebeu que havia trabalhado a noite toda, mas sentia-se revigorado pela clareza de seu propósito. Finch não merecia estar atrás das grades, e Inoke faria tudo ao seu alcance para libertá-lo.

Inoke sabia que apresentar a verdade nua e crua sobre o chupacu e sua transformação era uma tarefa monumental, e as chances de convencer as autoridades eram mínimas. Ele precisava de uma abordagem mais pragmática, algo que pudesse ser mais facilmente aceito pelo sistema de justiça, foi então que uma ideia começou a se formar em sua mente: criar um culpado fictício, um assassino em série cuja complexidade dos crimes superaria qualquer suspeita sobre Finch, alguém que se tornaria um lenda.

Ele se sentou novamente à sua mesa e começou a finalizar o perfil de alguém que chamou de Jacó Estripador, um criminoso que se encaixaria perfeitamente nas evidências dos assassinatos. Ele estudou os padrões dos crimes, as autópsias e as circunstâncias ao redor das mortes, formulando uma teoria convincente sobre a existência de Jacó Estripador, alguém que precisaria ser tão habilidoso, que seria impossível culpar qualquer pessoa comum.

417p

Emme



Katsu


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Ter Jul 23, 2024 4:07 pm


Cap 19 - Nascimento do Lendário Jacó Estripador.

Inoke sabia que precisava de provas mais substanciais para apoiar sua teoria, portanto, ele começou a falsificar documentos e cartas que supostamente pertenciam a Jacó Estripador, incluindo diagramas detalhados das mutilações, escritos delirantes sobre rituais de extração de órgãos e anotações sobre as vítimas.

Ele também criou uma cronologia dos movimentos de Jacó, sugerindo que ele havia operado em outras cidades antes de chegar à esta. Essa cronologia incluía supostos avistamentos e relatos de testemunhas, criando um rastro de horror que finalmente culminava nos assassinatos dos lenhadores. Inoke era uma pessoa que prezava pela sinceridade em primeiro lugar, e tudo isso era algo ainda mais dificil para ele, obrigando que tomasse uma ou outra dose de bebida durante o processo.

Inoke sabia que, para isso funcionar, precisava apresentar tudo de maneira convincente às autoridades, precisaria criar a mentira mais bem elaborada de toda sua vida.

Na manhã seguinte, Inoke foi até a delegacia com seus passos firmes e decididos, mesmo que levemente vacilantes diante do teor alcoolico em seu sangue. Ele carregava uma pasta cheia de documentos e provas falsas cuidadosamente elaboradas, não só Ren, o atualmente chupacu e os chupacuzinhos estavam em perigo, toda sua carreira como detetive também. O ambiente da delegacia estava movimentado, com policiais indo e vindo, mas Inoke focou-se em seu objetivo: convencer o chefe de polícia da existência de Jacó Estripador.

Chegando à sala do chefe, Inoke bateu na porta e entrou após uma breve resposta de permissão. O chefe de polícia, um homem de meia-idade com expressão severa e olhos penetrantes, levantou o olhar de seus papéis e encarou Inoke.

- Detetive Katsuyoshi, o que o traz a minha sala? - perguntou o chefe, seu tom de voz formal e curioso.

- Eu vim apresentar novas evidências sobre os assassinatos dos lenhadores - começou Inoke, tentando caminhar em linha reta e colocando a pasta sobre a mesa do chefe.

O chefe franziu a testa, mas acenou para que Inoke continuasse, era claro que o homem reparava na leve embreaguês do rapaz. Inoke abriu a pasta e começou a expor os documentos, explicando cada detalhe da teoria de Jacó Estripador. Ele descreveu o perfil do assassino, seus métodos e motivações, e como Finch não se encaixava nesse perfil.

- O senhor pode ver aqui - Disse Inoke, apontando para os diagramas detalhados - que os assassinatos requerem um conhecimento profundo de anatomia e uma habilidade que Finch simplesmente não possui. Além disso, os avistamentos em outras cidades sugerem que estamos lidando com um assassino em série altamente qualificado... Alguém como Finch certamente apenas usaria um machado para a execução, ele não é o assassino.

O chefe estudou os documentos cuidadosamente, seus olhos estreitavam-se enquanto absorvia as informações. Inoke podia ver a dúvida e o interesse crescente no rosto do chefe.

- Esta teoria é interessante, detetive, você não estava trabalhando nesse caso junto ao policial Ren? -

- Sim, mas não consegui encontrá-lo hoje. - Uma frase verdadeira, que lhe trazia alivio em meio ao mar de mentiras, mas também tristeza por ter perdido seu amigo para a floresta.

508p

Aposto que você pensava que o Lendário do titulo se referia ao chupacu, né?

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