[Arco Filler] Deusa da Espada Reencarnada.

Na província de Ryugatan, existia uma renomada escola de célebres espadachins que iniciavam a vida na nobreza. Algo como a elite mais alta daquele lugar, com muita rigorosidade e disciplina. Era só permitido homens, em sua maioria. Era um machismo exacerbado que existia na alta sociedade de Katoba, a capital da província onde estava localizada a maior escola referente a esse instituto. No entanto, apesar de tudo, por puro determinismo e força de vontade, existiram três mulheres que ascenderam ao posto mais alto da escola. Contra a vontade da alta elite, as mulheres conseguiram o posto mais alto, sendo considerado uma lenda.

Ryeha Nezhuri, conhecida como a Dançarina Púrpura, foi a primeira mulher a ascender entre os homens. Não existia nenhum outro indivíduo que pudesse bater de frente com ela. Poderia ser do maior tamanho, da melhor técnica ou da maior habilidade, Nezhuri estava em um outro nível. Completamente diferente. Aquilo chocou a alta sociedade e exigiu então um desdobrar maior para todos aqueles praticantes da espada, de tal modo que não poderiam se deixar abalar por uma mulher. Ledo engano, Nezhuri viveu até seus 95 anos de idade, onde faleceu, mas suas habilidades eram tão afiadas quanto em seu estilo jovem.

A segunda mulher veio cinco anos depois de Nezhuri, se chamava Himejima Nezuka, uma garota ruiva com olhos pretos como carvão. Bruta e violenta, conseguia executar um golpe descomunal, sem perder a destreza, a graciosidade que tinha e a beleza feminina que carregava. Aquilo abalou ainda mais os homens, que não poderiam acreditar que tamanha brutalidade ao empunhar uma espada poderia ser vista com tamanha leveza e graciosidade. Que tipo de mulher era essa? Uma era focada na velocidade, outra em sua força, cada mulher espadachim que ascenderam a aquele posto mais alto carregava um atributo em que era forte, mas que os secundários não ficavam para trás, deixando os homens no chinelo.

A terceira mulher foi uma mulher chamada Nezori Ahsano, uma garota com belos fios brancos e olhos azuis. Foi ela que começou a tradução de honrar mulheres espadachins frente aos inúmeros quadros de homens célebres manejadores de espada. Tanto suas mulheres antepassadas ganharam quadros honorários como ela própria ganhou um, depois de sua morte. Enquanto a anterior se entitulou Morte Rubra, Nezori se tornou a Lâmina Lunar. Mas ainda assim, morreu jovem aos 35 anos de idade por uma doença misteriosa, e desde então, 40 anos tem se passado e até momento, nenhuma mulher havia ascendido ao colégio desde então.

No Dia da Celebração da Espada, era comum que o Colégio de Elite Ryugata anunciasse seus novos colegas em listas para que fossem conferidas pelos próprios candidatos, sozinhos ou com seus pais. Garotos em idades essenciais estavam em todos os cantos conferindo seus nomes próximos das árvores de Sakura que liberavam suas pétalas, formando o dia único e belo que carregava então o peso daquele dia em um carro céu azul sem nuvens e muito sol sobre o que viria seria o próximo ano letivo dos novos espadachins que protegeram o futuro da Nação de Ryugatan. Eram nobres e faziam parte da elite.

Dava para ver, todos ali estavam animados e usavam roupas caras. As aulas começariam em 15 dias. Era dia 01 de janeiro para com aquele evento. Nada poderia arruinar aquela ocasião, exceto por uma única coisa. Algo estava prestes a assombrar aquele lugar novamente após 40 anos de extrema paz entre os homens e seus esquemas de elite. Subindo a escada, quando todos estavam reunidos, era algo que chamava a atenção, quem poderia ser ao subir aquelas escadas naquele momento de atraso? Não que importasse, mas, era normal que se chegasse com antecedência. Por mera formalidade existente.

O vento começou a soprar muito forte ao ponto de alguns homens cobrirem o próprio rosto. Ao fim do último degrau, uma garota surgiu. Segurando a maleta entre os dedos, ela sorriu e exibiu seus dentes pontudos assim como seu olhar roxo com um único tapa olho cobrindo a região ocular oposta por um grande acidente que acarretava a perda de sua visão parcialmente. Os fios roxos vibravam ao vento e suas roupas pareciam estar um pouco surrada, diferente dos riquinhos de elite, não parecia ter o mesmo brilho. O que poderia dizer que aquele indivíduo era, assim como as outras pessoas que pisaram naquele lugar, um plebeu.

Quando perceberam o que se tratavam, um imenso silêncio imperou entre homens e garotos e era o fenômeno acontecendo novamente. Uma garota havia chegado naquela escola outra vez. Que droga era aquela? — Bom dia! — Falou ela, movendo a mão para jogar um dos seus fios roxos para o lado. — Eu sou Nezha! É um prazer conhecer vocês, garotos! — Falou, e deu um riso para eles. Os homens deram um gemido de insatisfação. Dando passos rápidos e saltitantes, a garota Nezha pousou sobre a frente do quadro, erguendo o olhar para o alto. Em primeiro lugar, lá estava, com exatos 1000 pontos: Gammy Nezha. Todos os homens entraram em choque.

— Aaaáh! — Gritou um homem barbudo e velho ao observar a nota mais alta em primeiro lugar. Era o de uma garota, há quanto tempo isso não acontecia? Já mais de 40 anos! Oh pelos Deuses! O homem colocou a mão no pescoço e depois cobriu o próprio rosto em descrença. “Nem mesmo ele, nem mesmo ele havia conseguido a nota mais alta?! Não é possível! Eu o treinei todo por meio de regras e intensa disciplina!” martelava aquele homem. Mas quem ele era afinal de contas? Era o Ministro de Relações Exteriores de Ryugatan. Ministro Sor Yukateri Kanehira, um ilustre homem de negócios e relações internacionais. Ele estava soando frio.

Aquela garota havia passado seu filho?! Que tipo de monstro era ela? Ainda mais uma plebeia! Nada refinado ou nobre! Uma sombra de um metro e noventa de altura se prostrou sobre Nezha, com as mãos nos bolsos e um terno extremamente caro. Os olhos azuis como gelo recaiam sobre a pequena estatura da garota de 1,60 kg. — Quem é você, afinal? — Questionou ele, sua sombra estavam tão forte através de seus olhos. Aquele era o filho de Yukateri, com fios negros espetados e pele clara, com um pouco de olheiras mas extremamente bonito nas mentes femininas da atualidade: Jovem Mestre Prodígio Haero Kanehira. — Eu já disse! Eu sou Nezha! — Apresentou-se novamente a garota, com um sorriso. Isso não foi retribuído por Haero, que manteve a expressão fria.

Acima da listagem, lá estava, Gammy Nezha: 1000 pontos. Haero Kanehira: 999 pontos. O que havia errado para que aquela garota pudesse acertar? Que raios por Ao Bing, aquela mulher havia acertado e ele não? Maldição! — O que você tem que eu não tenho, filha da puta? — Questionou, ficando visivelmente irritado e sua testa começou a saltar uma veia. A sombra em seu rosto se intensificou. — Vou colocar isso em prática aqui agora! Não é possível! — Falou, com tudo ficando ainda mais gelado desde então.

— Pode crê cara! Você não se importa com o ambiente? Certo? É orgulhoso demais para se importar com alguns coisa senão por seu ego, né? — Nezha sorriu. — SACAREI MINHA ESPADA AGORA! POR RYUJIRI AO! CORTE DO CÉU CONGELADO! — Gritou ele, movendo sua espada e exalando sua magia de gelo enquanto sua espada brilhava intensamente em um azul fosco.

— MANDA VER, MACHÃO! — Gritou Nezha, sacando sua espada também. Desembainhou-a em um brilho vermelho arroxeado. — CORTE DA CAÇA AOS NOVE DRAGÕES! — Gritou a garota, avançando em uma velocidade incomum. O garoto percebeu isso também e avançou.

— RYAAAAAAAAAAHHHH! — Gritou Haero. — HUAAAAAAAAAAAH! — Gritou Nezha. Os dois golpes se chocaram descaradamente em um nível intenso de energia incomum. Roxo avermelhado contra azul fosco gélido. Tudo parecia fora do comum. O brilho começou a vazar para fora. O campo começou a tremer e rachar o chão. Tudo começou a levitar devido ao nível de energia despejado por ambos os lutadores. Alguém com 1000 pontos e outro com 999 pontos. Dava para entender o nível de poder daqueles dois, quanto mais alto era sua pontuação, mais poder você poderia ter para fins de estimativas. Somente a primeira mulher, Nezhuri havia conseguido 1000 pontos. As outras duas alternavam entre ter 997 e 998 pontos. Só para que a quarta, após 40 anos tivesse por restaurar os mil pontos outra vez.

O chão começou a rachar. As pessoas estavam com medo do que poderia acontecer. Aquilo estava saindo do controle. Um vulto apareceu entre os dois golpes e sacou a sua espada, todos poderiam ver a aura imponente que aquele indivíduo transmitia. Quem era aquele cara? — Por Xiao Lubun! Corte da Anulação do Espaço! — Gritou a voz, carregando poder. Ao sacar sua espada, ela brilhava em um tom de preto com branco e ao executar um forte golpe intedimensional, um buraco negro se abriu entre os dois golpes, distorcendo o espaço tempo e sugando os dois golpes. — Já chega dessa palhaçada. Não precisamos disso aqui. Se querem zaralhar o dia da solenidade, vão para algum lugar remoto e se matem, não aqui, um ambiente de respeito! — Ralhou.

Embainhou a espada. Era um home jovem com seus 40 anos e fios brancos. Seus olhos eram vermelhos e ele possuía uma pele morena. Possuía cicatrizes firmes em seu rosto. — Acredito que as aulas serão uma ótima forma de demonstrar o que vocês sabem, e que não devem se limitar por suas notas, todos podem evoluir. Mesmo escórias, anormalidades que aparecem de tempos em tempos para atrapalhar a hegemonia do mundo. — Seu olhar raivoso se direcionou para Nezha, estava falando claramente que ela era a errada naquele lugar. Por ela ser mulher.

— Não me irritem mais. Não irei segurar na punição se me tirarem a paciência. — E então algo emanou de si em forma de dragões negros com aura branca, vazando para fora e atingindo todo o lugar. Os dragões pareciam atravessar a todos sem dó, como uma investida mortal ao ponto de fazer desmaiar algumas pessoas que não possuíam vontade forte o suficiente.

Aquilo assustava a maioria das pessoas. Era um poder tremendo. Um poder incomum. — Quem é esse cara?! — Questionou Nezha, cerrando os dentes. Seus pés estavam deslizando para trás conforme ela tentava se manter no mesmo lugar, erguendo a espada em frente ao corpo enquanto o garoto Haoro fazia o mesmo. Mas a pergunta havia sido direcionada para ele e também estava com dificuldades de se manter de pé. — Você realmente não sabe?! Que tipo de lugar esburacado e tirado para excremento você vive?! — O garoto arregalou os olhos azuis, chocado por não saber do que se tratava, por parte da garota.

— Esse o Diretor Presidente Geral do Colégio! O Espadachim do Alto Anulável! Baohn Luxuping! — Anunciou ele. Nezha ergueu uma sobrancelha. Seu olhar se direcionou para o homem cujo homens brilhavam. Baohn Luxuping, o Alto Anulável. Se tornou presidente do lugar aos 20 anos de idade ao derrotar uma calamidade global sozinho sem exercitos. Estava no cargo há 20 anos e trabalhava com intensa disciplina e rigorosidade. No fim, o poder cessou e as pessoas finalmente puderam respirar. Alguns desmaiados, outros estavam ofegantes, alguns indiferentes, que não haviam sido afetados pelo poder daquele homem. Entre eles, estava Nezha e Haoro.

— Terminemos então. — Finalizou o homem de fios brancos, colocando a espada no chão como um centro de apoio e bengala. — A todos bem vindos. Em quinze dias começamos nossas aulas. Vocês são o futuro da nação e devem se lembrar do que são feitos. São elite, são de nobreza, e vocês tem um dever de nunca sujar o sangue que vocês tem, que seus ancestrais passaram de geração em geração. Vejo vocês no colégio. — O homem abriu um portal ao deixar vazar a realidade no espaço e desapareceu, deixando todos sozinhos ali. Tinha muita gente naquele ano. Muito mais do que nos anteriores.

Assim, o alto conselho após análises em quinze dias, declarou que haveriam nove alunos chaves para aquele semestre letivo. Aqueles que haviam conseguido a pontuação mais alta entre 1000 e 995 pontos. Eram eles em ordem: Nezha com 1000 pontos, Haoro com 999 pontos, Ikyo Pangutan, com 998 pontos, Banto Xahn, 998 pontos, Xu Xuji, 998 pontos, Hao Ba, 997 pontos, Sho Hupio, 997 pontos, Dang Doope, 996 pontos, e Hobin Sangtan, 995 pontos. Aqueles eram os mais fortes jovens promissores para aquele ano, e nos seguintes, claro que também, estariam de olho em Nezha, não só pelo show de bagunça demonstrado no dia da solenidade como também pelo fato de ser uma garota entre homens. Inadmissível!

Primeira aula. Corrida. Um espadachim deve suportar o peso de sua espada. Para cada um há um peso específico. Quando se trata de correr carregando sua espada, se não sentir o peso dela, por mais pesado que seja, está apto a não falhar ao executar sua velocidade. Mais do que força, velocidade e destreza são importantes, e portanto, não se deve limitar por sua capacidade de poder ao se mover. Aquele era o primeiro teste prático padrão do colégio, e todos deveriam correr com suas espadas. Era um teste físico poderoso. Fazia sol e havia apenas algumas minúsculas nuvens no céu.

Havia vários alunos de outras turmas observando aquela prova. Outros estavam em intervalo para que pudessem assistir aquela prova. Os rumores de que havia uma mulher no time do 1 ano era verdade, todos estavam abismados. Naquela posição só havia uma única mulher, outras ocupavam posições mais baixas, como serventes ou camareiras, mas nunca como espadachins. Era algo reservado aos homens. O som do disparo foi efetuado e os alunos dispararam de uma vez da linha de corrida. Vários alunos ficaram para trás, os telões exibiam as estrelas daquele ano. Velocidade incomum entre eles ao ponto de precisar desacelerar o vídeo em tempo real.

Claro que em primeiro lugar estava Nezha. Ela disparava rapidamente enquanto uma aura vermelha arroxeada a envolvia. Se movia com pequenos saltos rápidos entre curtos períodos de tempo, parecia voar sobre o campo. Em seguida, pau a pau com ela estava, Haoro, exibindo sua aura azul intensa, deslizava no campo, deslizando o mesmo com cascatas de gelo. As duas auras colidiam entre si, gerando uma aura energética incomum naquele lugar, assustando a todos. Do alto do prédio mais alto, Baohn Luxuping observava a todos com notório interesse. — NÃO VOU DEIXAR VOCÊ GANHAR! — Gritou Nezha, com um sorriso. — … CALADA! — Gritou Haoro, endurecendo sua expressão fria, seguindo ainda mais rápido.

Seguindo logo atrás deles estava Ikyo, com saltos espaçados, exalando uma aura elétrica e azulada, parecia que trovões explodiam atrás dele. Banto Xahn exalava uma aura verde logo atrás, saltitando como um coelho. Xu Xuji exalava uma aura laranja, correndo como um animal, agachado e selvagem. Hao Ba, e Sho Hupio eram gêmeos, corriam exalando uma aura cinza esbranquiçada. Dang Doope exalava uma aura amarela, e Hobin Sangtan exalava aura vermelha cheia de esferas vermelho escuro. Os outros ficariam para trás. Vários estavam comendo poeira, aqueles 9 eram imparáveis.

— Ei — Falou o de azul escuro, Ikyo. — Parem de ser arrogantes, seus filhos da puta! Não esqueçam que eu tô aqui também! — Uma veia soltou em sua bochecha, ele cerrou os dentes pontudos, seu olhar era selvagem como um … Tigre! Ele brilhava em velocidade azul. — Deveriam ter mais humildade, seus putos? — Banto sorriu e colocou a língua para fora. Xu Xuji rugiu e soltou fumaça pela boca. — VOU QUEBRAR VOCÊS TODOS, DESUMILDES! — Gritou, cheio de energia. Hao Ba e Sho Hupio apenas riam loucamente como se fossem ratos. Hobin Sangtan apenas seguiu em silêncio. Ambos avançam entre si, tendo Nezha e Haoro se chocando entre si outra vez.

Duas voltas. Três voltas. Quatro voltas. Os nove estavam imparáveis, tendo muitos alunos de elite tendo desistido da primeira aula. O brilho de auras entre eles exalavam o quão poderosos poderiam ser. Alguns estavam descrentes de que poderiam competir com eles. Muito provavelmente que alguns não passavam de formiga. — ACHO QUE VOU ATACAR VOCÊ AQUI E AGORA! — Rugiu Nezha, colocando uma língua para fora. Haoro sorriu e uma veia soltou em sua testa. — Não seja petulante… — Ambos avançaram a linha de chegada e rasgaram a barra. Ao passar do ponto, Nezha e Haoro começaram a trocar golpes entre si. — UM DRAGÃO! DOIS DRAGÕES! DUPLO IMPACTO DE DRAGÕES GÊMEOS! — Gritou Nezha, evocando uma espada gêmea. — CORTE DA NEVASCA DA TEMPESTADE! — O garoto de Gelo gritou, atacando Nezha.

O professor precisou intervir. Ele saltou, se teletransportando e chegando antes que a dupla pudesse se aproximar. — Corte do Tempo! Singularidade! — Rugiu o homem com sua espada chicote, ao criar uma escada que parava o tempo, trancafiou os rivais dentro de uma esfera e a chutou para longe. Com isso, soltou um ar pela boca. Era o professor Ganghu Aobo. Espadachim do Tempo. — Os vencedores são os mais problemáticos. — Ele colocou a mão na testa e ajustou seu óculos. — Pessoal, a aula está encerrada. Os vencedores foram os dois idiotas que estavam brigando. Mas em suma, vocês todos foram bem. Aprendam, estudem e vejam onde falharam, aprendam com seus erros. Se tornem mais forte. Tudo bem? Até a próxima aula. — O professsor colocou a mão na costa e começou a seguir para fora, indo para casa.

[...]

A esfera entrou no domínio do espaço de Baohn Luxuping, e ela acabou em sua sala de diretoria. Ambos estavam lá, Ganghu e o Diretor. Eles observavam tanto Nezha como Haoro, que foram desfeitos do feitiço e estavam tossindo loucamente no chão.

— Vocês são muito irresponsáveis. Liberando seus poderes assim. — A voz do Diretor Presidente do Colégio ecoou entre a sala, como se tudo fosse explodir com a força de sua voz. Tanto Haoro como Nezha ergueram a mão em defesa. Parecia que todos os alertas do corpo dos jovens acendiam na presença daquele homem. — Já lhe dei o alerta uma vez. Vocês vão fazer a limpeza do passo de corrida hoje até o amanhecer. Vai ser a punição de vocês, não esqueçam que a aula de combate individual começam amanhã. No mais, se contenham com a rivalidade idiota de vocês dois. São talentosos, não deveriam se valer disso para alimentarem rivalidades fúteis. E Nezha, você possui muito poder para uma mulher. Não deveria gastà-lo assim, mas usar com sabedoria. — O olhar para a garota foi severo enquanto o professor da aula de corrida permanecia em silêncio, ajustando seu óculos.

Tanto Haoro quanto Nezha foram sugados por um buraco negro, e voltaram para o mesmo lugar em que estavam. Todo mundo havia ido embora. Estavam sozinhos. — Valeu mesmo cara, você é um idiota. — Respondeu a garota ao filho do empresário. — Hah. Olha quem fala, você é uma praga, sabia? Mulheres. Por que justo na minha era, você precisava acrescentar a sua presença nesse colégio. Você é uma anormalidade, não deveria existir. — A veia soltou em sua testa e o garoto se foi, indo com as mãos nos bolsos. Nezha se manteve em silêncio. — Seu invejoso. Eu prefiro andar no meu Lamborghini violeta, observando sua invejinha daqui. — Gammy ergueu a mão e fez um gesto, afastando algo no ar enquanto exibia a língua. — Você é tão irritante. — O garoto disparou seu tiro antes de se retirar. Enfim deixou Nezha sozinha.

[...]

O tempo passou e eles trabalharam pela noite inteira. Nezha aproveitou para comer bastante antes de ir para a limpeza noturna com seu novo camarada de trabalho, Haoro. Era difícil limpar uma área enorme de corrida beirando os 500 metros rasos. Ainda assim, quando o alarme das 5 da manhã soou, já havia terminado. Sentados sobre a arquibancada, observaram o sol nascer em silêncio. Uma troca de olhares e ambos se retiraram para os seus dormitórios e seus afazeres domésticos. O diretor havia mandado uma miragem do tempo para que pudesse observar a dupla, e ao visto, ambos cumpriram aquilo com louvor. O local estava impecável de limpeza, era interessante ver como os dois mais fortes poderiam ser úteis, em alguns momentos.

Aula de combate individual. Consiste em um treinamento de embate físico entre duas pessoas. O objetivo dessa aula é analisar possíveis brechas deixadas pelos alunos, de modo que se possa analisar possíveis melhorias em estilos e poderes entre os participantes. É uma melhoria pessoal e individual entre os combatentes. As coisas no entanto, parecem um pouco perigosas dado o nível entre os novos participantes daquele ano letivo. Ao menos nove jogadores haviam chegado com 995 e 1000 pontos. Era complicado, podendo até mesmo derrubar a estrutura fortificada do lugar. Aquilo era algo fenomenal e sem igual. Muito poder em um só ano, poderia ser uma fortificação de defesa da nação.

O primeiro combate individual fora esperado pelos alunos daquela aula durante a manhã era o de Nezha contra Haoro. Mas o sistema era aleatório e trazia o combate sorteado por meio de cartões individuais onlines. Devido a isso, Nezha acabou ficando contra Hobin Sangtan, o nono colocado com 995 pontos na colocação de entrada. Após as eventuais regras explicadas e o anúncio dos lutadores, era hora de ambos subirem no ringue. — VOU MOSTRAR O QUE POSSO FAZER, GAROTA! VOU QUEBRAR VOCÊ NO PAU! — Como era energético, seus dentes pontudos davam um ar mais selvático ao garoto Hobin. Nezha colocou a lingual ara fora e mandou um cotoco ao garoto. — Vem pra cima! — Retrucou.

Todos pararam em seus respectivos campos. Uma leve ventania começou, deixando todos estupefatos com aquele acontecimento. Ambos estavam em seus lados,observando um ao outro com sangue nos olhos. Foi dado o tiro da largada e um silêncio mortal imperou entre todos os participantes e transeuntes do lugar. Um segundo, dois segundos, três segundos e assim seguiu. Nenhum movimento. Um minuto! E um movimento aconteceu, um choque aconteceu envolvendo a liberação de uma aura vermelha escura e uma aura arroxeada e avermelhada, se batendo entre si. Os dois já iam sacado suas espadas e as duas se chocavam entre si, liberando poder.

Os golpes começaram a se chocar entre si liberando faíscas, um misto entre vermelho roxo e um vermelho mais claro que o outro. A velocidade era rápida o suficiente para os dois começarem a se tornar vultos. O chão começou a rachar e pedras a subir enquanto a porradaria comia solta. Realmente não era brincadeira entre eles, por um segundo os golpes estavam entre si na iminência de se tornar mortal, fato superado pelo poder de ambos lutando entre si.